Artista foi defendido pela ex-esposa, Catherine Zeta-Jones. Foto: Robyn Beck/AFP
Uma ex-funcionária do ator Michael Douglas o acusou nesta sexta-feira (19) de tê-la assediado constantemente e de se masturbar na sua presença, o que o ganhador de dois prêmios Oscar nega. Susan Braudy, jornalista e autora de dois livros, disse que sofreu com esta conduta abusiva durante a década de 1980, quando era encarregada do escritório em Nova York da Stonebridge Productions, de Douglas.
Achou que era o rei do mundo e que podia me humilhar sem nenhuma repercussão", disse à emissora NBC. O caso da masturbação ocorreu em uma reunião de trabalho em seu apartamento em 1989, quando Douglas estava no auge da sua carreira, após protagonizar filmes como Wall Street: Poder e cobiça e Atração fatal.
"Escorregou até o chão, abriu o cinto, colocou sua mão dentro da roupa de baixo e começou a se acariciar. Estava com muito medo", recordou. Braudy - autora de vários livros e indicada a um Pulitzer - assinalou que em sua experiência com Douglas lidou quase sempre com uma linguagem profana e sexual, sem contar os comentários sobre sua vida íntima, suas amantes e as observações degradantes sobre a aparência da então funcionária.
Douglas se adiantou na semana passada, em uma "iniciativa preventiva", ao negar a denúncia, que ainda não tinha se tornado pública. Tampouco era sabido que se tratava de Braudy. "Nem sequer sei por onde começar, é uma mentira completa, uma invenção, não há nada de verdade nisso", disse à imprensa especializada.
"É extremamente doloroso", continuou o filho da lenda do cinema Kirk Douglas. "Não tenho corpos no armário, ou alguém mais que esteja revelando, ou dizendo o mesmo, não consigo entender o motivo de, depois de 32 anos, isto sair agora".