terça-feira, 2 de abril de 2019

Depois de festa, corpo de universitária de 19 anos é encontrado em lago

O corpo de uma universitária de 19 anos foi encontrado no Lago Paranoá, em Brasília, na tarde desta segunda-feira (1º). Natália Ribeiro Santos Costa estava desaparecida desde as 18h de domingo (31), quando participou de uma festa às margens do Lago. Amigos espalharam pelas redes sociais mensagens pedindo que quem tivesse informações sobre a jovem entrasse em contato. Ela morava no Paranoá e era estudante do 4º semestre de letras no Centro Universitário Iesb.

Ainda não se sabe o motivo da morte. A jovem não sabia nadar, mas a polícia não descarta a hipótese de assassinato. Apenas o laudo da necrópsia, feito pelo Instituto de Medicina Legal (IML), poderá indicar a causa do óbito, em um prazo de 30 dias. A Polícia Civil, no entanto, deteve um suspeito - última pessoa a ser vista com Natália antes do desaparecimento - e o ouviu em depoimento na tarde desta segunda-feira (1º). Ele é morador da Asa Norte, também tem 19 anos e foi liberado ainda nesta noite.

De acordo com os investigadores, o homem está com uma marca de mordida no braço, o que reforçou a tese de homicídio. Ele se apresentou na 6ª DP (Paranoá), onde a família havia registrado a ocorrência de desaparecimento. Lá, afirmou ter namorada e negou envolvimento com a vítima. O rapaz e a família dele não quiseram dar declarações à imprensa.

Consta no primeiro depoimento do rapaz que Natália se aproximou dele em determinado momento durante a festa de domingo e perguntou se estava tudo bem, e os dois caminharam até um parquinho infantil, a cerca de 30m de onde o restante do grupo estava.

Segundo o suspeito, a universitária o elogiou e ele disse ter namorada. Alegou ainda que ela perguntou o que a companheira dele acharia da aproximação e deu uma mordida no braço dele, na altura do antebraço. O jovem afirmou ter ficado surpreso e perguntou o motivo da mordida. “Para causar ciúmes”, respondeu a garota, de acordo com ele.

Ainda segundo o depoimento dele, Natália o convidou para ir até as margens do lago, mas ele se recusou e a perdeu de vista. Depois, chegou a ir até o espelho d'água, mas não a viu mais. O jovem relatou que as amigas da menina acionaram um segurança para ajudar a procurá-la e ele foi embora em um carro de aplicativo com a namorada e outros amigos. 

Em vídeo gravado por câmeras de segurança do Grupamento dos Fuzileiros Navais, no entanto, os dois aparecem dentro do lago e ele sai de lá antes dela.

Da DP no Paranoá, o suspeito foi encaminhado à 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), que assumiu a investigação depois de o corpo ser encontrado. O delegado responsável pelo caso não havia se pronunciado até a última atualização desta reportagem.

Em choque 
Duas embarcações com 10 bombeiros se deslocaram até o Lago Paranoá para fazer o resgate do corpo. Os militares receberam o chamado de uma pessoa, que avistou o corpo boiando próximo ao Clube Almirante Alexandrino e à Capitania Fluvial de Brasília, por volta das 14h30.

Amigos da universitária ficaram em choque com a notícia da morte. Uma amiga que pediu para não ter o nome divulgado disse que estava com ela na mesma festa. “Eu não vi direito. A única coisa que lembro foi ela se distanciando um pouco para ficar com o menino. Depois, eu não a vi mais. Achamos estranho, porque ela sempre avisava onde e com quem iria e nunca deixava de dar notícias”, relata a amiga. 

Thales Caldeira, 27 anos, motorista de aplicativo, conheceu a jovem durante uma das corridas e tornou-se amigo dela. “A Natalia era muito tranquila, saímos juntos na sexta-feira (29) e o próximo encontro estava marcado para domingo (7). Estou chocado com a notícia”, ressalta. 

Nas redes sociais, várias pessoas prestaram homenagem a Natalia, que usava o apelido Natally. Ela também atuava como modelo e tinha mais de 45 mil seguidores no Instagram. 

A colega da estudante de letras Marianna dos Santos, 19, relembra que Natalia era uma menina sorridente e amorosa com a família e as amigas. “Ela transmitia felicidade, era cheia de luz. Eu a conheci pelo Instagram, pois a achava muito fotogênica. Interagíamos pelas redes sociais”, conta. 

Outro caso
Em 15 de fevereiro, bombeiros resgataram o corpo de uma mulher no Lago Paranoá. A vítima foi identificada como Adriana de Mendonça Silva, 35 anos. O cadáver estava na prainha do Lago Norte – também conhecida como Piscinão. A Polícia Civil também ficou responsável pela investigação do caso e determinar como Adriana morreu.

Via Blog de Assis Ramalho
Informações::Correio Braziliense

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