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A fome pode expor 30 mil crianças a trabalho infantil e casamentos prematuros nas regiões afetadas pelo ciclone Idai em Moçambique, alerta o diretor da organização não-governamental (ONG) Visão Mundial."À medida que as pessoas lutam para encontrar comida, sabemos que as crianças correm um risco particular de serem forçados a abandonar a escola e trabalhar abusivamente", disse David Munkley, num comunicado.
Por outro lado, "as meninas podem ter de casar-se ainda crianças ou forçadas a trocar sexo para ajudar as suas famílias a sobreviver".
A direção da Visão Mundial disse estar "especialmente preocupada" com as mais de 60 mil pessoas, das quais metade crianças, que , seis meses depois, ainda moram em 50 locais de reassentamento e que não regressaram às suas casa.
A organização alerta ainda que o cenário pode agravar-se com o aumento do número de pessoas com fome, de 1,6 a 1,9 milhões de pessoas, até que chegue a próxima época agrícola.
"À medida que as pessoas ficam com mais fome e lutam para sobreviver, são as crianças que precisam de ajudar as famílias a colmatar a falta, recorrendo a todo o tipo de estratégias de sobrevivência perigosas", disse.