sábado, 25 de janeiro de 2020

Amanhecer com Poesias: Poeta Tony Xavier - o poeta do povo

Foto: Poeta Tony Xavier

O SERTANEJO FELIZ
Tony Xavier - O Poeta do povo

Sentei na minha calçada,
Peguei caneta e papel
Com a mente relaxada
Fiquei a olhar o Céu
Foi que me deu na veneta,
De usar essa caneta,
Pra escrever um cordel.

Então pensei no passado
Daqueles tempos vividos
Hoje vivo preocupado
Nosso presente é sofrido.
Hoje eu sinto saudades,
Dos tempos de liberdades,
Me sinto um pouco perdido.

Da minha casa na roça
Daquele pé de algodão
Eu andava de carroça
A estrada era de chão.
Estudei numa cartilha,
O meu rádio era de pilha,
Não tinha televisão.

A casa era pequena
A cobertura de palha
Eu e a minha morena
Minha mobília era "tralha"
Nunca me senti um lorde,
Pra fazer o meu bigode,
Usava uma navalha.

A panela era de barro
Se cozinhava com lenha
Para usar o meu carro
Não precisava de senha.
Pois lá no nosso sertão,
O meu carro era de mão,
Hoje isso é resenha.

Eu acordava cedinho
O sol nem tinha nascido
Tomava um cafezinho
Com um pão velho ardido.
Mas, juro, era feliz,
Foi tudo que sempre quis,
Hoje me sinto perdido.

Mesmo assim era feliz
Nos tempos que lá vivi
Tudo o quanto lá eu fiz
Confesso, não esqueci.
Hoje choro de saudade,
Dos amigos de verdade,
E do lugar que nasci.

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Poeta Tony Xavier - o poeta do povo

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