sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Bom dia com poesia: Poeta Tony Xavier

Velha Petrolândia

O Destino de uma cidade
Autor: Tony Xavier - O Poeta do povo

Deus criou o universo
Com o seu poder divino
Fez o homem e a mulher
Do cantar da ave, o hino
Deu poder e liberdade,
Pra nascer uma cidade,
Para o povo nordestino.

Petrolândia o seu nome
Que também foi jatobá
Nossa humilde cidade
Começava engatinhar.
Ainda tão acanhada,
Mas por todos já amada,
Nem sonhava em brilhar.

Sem prédios nem muros altos
Sem palácio ou mansão
Tudo na simplicidade,
Igual a população.
Mas uma bela cidade,
Que sem ter modernidade,
Nasceu no nosso sertão.

As margens do velho chico
Nosso rio abençoado
Perto de uma montanha
Nosso povo foi criado.
Um lugar maravilhoso,
De clima muito gosto,
E um povo muito animado.

Ruas compridas e largas
De grande locomoção
Gente e carros trafegavam
Sem ter preocupação
Aquela tranquilidade,
Fazia aquela cidade,
Ser nossa maior paixão.

O Comércio era modesto
Não havia novidades
Mas todos acostumaram
Com a tal realidade.
Ninguém vivia no luxo,
Apenas enchiam o bucho,
E tinham felicidades.

Cada detalhe dali
Eu não consigo esquecer
As vezes nos pensamentos
Tudo eu posso reviver
Da cidade e do lugar,
Onde eu pude encontrar,
Felicidade e prazer.

Lembro Cine São Francisco
Pertinho daquela praça
Parece até que foi ontem,
Pra mim o tempo não passa.
Vou lembrar a vida inteira,
Das águas da cachoeira,
Flutuando igual fumaça.

Com as lembrança batendo
Ferindo o meu coração
Os meus olhos rasos d'agua
Por culpa dessa emoção.
Vejo a realidade,
Mas morrendo de saudade,
Daquela velha estação.

A sombra do tamarindo
Tantas lembranças me trás
Do Abrigo Estudantil
Eu não esqueço jamais.
Eu ainda lembro o dia,
Que senti tanta alegria,
Por ter visitado o Cás.

Quantas vezes fui a jogos
No estádio o Galegão
Vê jogos do Independente
Lá naquele poeirão.
Quando eu ia embora,
Eu tomava coca-cola,
No abrigo São joão.

Lá na loja Pop Discos
E também no Nordestão
Sempre fiz as minhas compras
Na maior animação.
Era sempre animado,
Posto shell e bode assado,
Tomei pinga com limão.

Lá no clube Piçarrinha
Eu também estive lá
Campo de aviação
Lembro ainda o lugar.
Meu coração se agita,
Quando lembro da Avilita,
Dá vontade de chorar.

Lá no serrote do padre
Fiz a minha oração
Todos os anos eu ia
Sexta-feira da paixão.
Toda aquela caminhada,
Sempre era esperada,
Pois já era tradição.

Bem no centro da cidade
Sempre era uma alegria.
Naquelas tardes mais quentes
Tava na sorveteria.
E nas manhãs bem cedinho,
Na bodega de Pedrinho,
Eu ia todos os dias.

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