sábado, 16 de maio de 2020

'Já chorei muito, meu filho pede as coisas e não sei o que fazer', diz mãe do RN que não recebeu 1ª parcela do Auxílio Emergencial


O Governo Federal divulgou nesta sexta-feira (15) o calendário de pagamento da segunda parcela do Auxílio Emergencial. No entanto, há quem ainda não tenha recebido sequer a primeira parcela do benefício liberado durante a pandemia do novo coronavírus.

É o caso da vendedora de bolos Rosana Melo de Lima, de 37 anos, que há dois meses precisou interromper a produção por causa da Covid-19. Ela vive em um casa alugada com o filho David de 4 anos, no bairro Nossa Senhora da Apresentação, na Zona Norte de Natal. Com as vendas paradas, a única renda da mulher vem do programa Bolsa Família. São R$ 180 por mês.

A boleira tem uma despesa mensal de cerca de R$ 500 incluindo aluguel, água e energia. No mês passado ela conseguiu ajuda financeira de uma tia para pagar o aluguel, mas teme a incerteza do futuro. Rosana faz parte do grupo de risco da Covid-19 e depende dos recursos para tratar asma, bronquite e artrite.

"Eu já chorei demais com essa situação. Meu filho pede as coisas e eu não sei o que dizer. Tem sido muito difícil. Minha tia me ajudou no mês passado, mas ela já me disse que não vai ter como me ajudar nesse mês porque é muito gasto", detalha a autônoma Rosana Melo.

Rosana vive apenas com o filho, é trabalhadora informal e recebe R$ 180 do Bolsa Família. Em tese, ela teria direito a duas cotas do Auxílio Emergencial (R$ 1.200), mas no dia 27 de abril conseguiu sacar apenas o valor regular do Bolsa Família.

"Eu morro de medo dessa doença porque sou do grupo de risco, mas mesmo assim fui na agência da Caixa para ver minha situação. Me mandaram para a secretaria de assistência social e lá não encontraram meu nome na lista, mas eu tenho direito porque só recebo esses R$ 180. Estou muito desesperada, não sei mais o que fazer", conta.

A reportagem do G1 entrou em contato com o Dataprev, órgão ligado ao Ministério da Economia, que é responsável por analisar as solicitação do Auxílio Emergencial do Governo Federal, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Via Diário Vip: Informações Do G1 RN

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