segunda-feira, 27 de abril de 2020

'Interferir na Polícia Federal é crime', ressalta Doria

© REUTERS/Amanda Perobelli

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) afirmou nesta segunda-feira, 27, que "interferir na Polícia Federal é crime". Sobre a destituição do diretor-geral da organização, Maurício Valeixo, publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira, 24, pelo presidente Jair Bolsonaro, Doria disse: "a Polícia Federal deve ser respeitada".

"O Brasil rejeitou a república dos companheiros e o mesmo Brasil rejeita a república dos amigos. Não devemos ser condescendentes nem com os companheiros nem os amigos nestas circunstâncias", completou Doria. Entre os cotados para assumir o posto está o atual presidente da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem, amigo pessoal de um dos filhos do presidente, Carlos Bolsonaro.

Ronaldinho fala sobre prisão: 'Nunca imaginei uma situação dessas'

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Passados quase dois meses depois que foi preso no Paraguai por ter tentado entrar no país com documentos falsos, Ronaldinho Gaúcho falou pela primeira vez sobre tudo o que está passando desde então em Assunção. Em entrevista ao jornal paraguaio ABC Color, o ex-jogador brasileiro relatou como foram os 32 dias de confinamento em um presídio da capital do país, onde tinha a companhia do irmão Roberto de Assis. Desde o último dia 7, eles cumprem prisão domiciliar em um hotel de luxo em Assunção, após terem pago fiança.

"Foi um duro golpe. Nunca imaginei que passaria por uma situação dessas. Durante toda a minha vida, busquei atingir o mais alto nível profissional e trazer alegria às pessoas com o meu futebol", disse Ronaldinho Gaúcho, que contou que viajou ao Paraguai para o lançamento de um cassino online e também de um livro.

"Tudo o que fazemos é a partir de contratos gerenciados por meu irmão, que é meu representante. Nesse caso, participamos do lançamento de um cassino online, conforme especificado no contrato, e do lançamento do livro ‘Craque da Vida’, organizado com uma empresa no Brasil que tem o direito de explorar o livro no Paraguai", afirmou o ex-jogador, que mostrou enorme surpresa ao ser abordado no aeroporto de Assunção com documentos falsos.

Moro terá que se defender no STF em caso que pode beneficiar Lula

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Fora do governo, será no STF (Supremo Tribunal Federal) que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro terá de enfrentar uma das principais batalhas em defesa de sua biografia.

Moro aguarda o julgamento pela corte superior de um processo em que é acusado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter atuado de forma parcial nas causas contra o petista, quando era o juiz federal da Lava Jato em Curitiba.

Na turma julgadora do STF está o ministro Gilmar Medes, um dos principais críticos do trabalho de Moro na condução da investigação do caso de corrupção em torno da Petrobras.

Esse julgamento no Supremo também trará à tona as mensagens obtidas pelo The Intercept Brasil e divulgadas pelo site e por outros órgãos de imprensa que expuseram a proximidade entre o então juiz federal e os procuradores da Lava Jato.

Na última sexta-feira (24), Moro decidiu sair do ministério após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter exonerado o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado ao cargo pelo agora ex-ministro do governo.

Em pronunciamento, Moro acusou Bolsonaro de querer ter acesso a informações confidenciais de inteligência da PF e criticou a insistência do presidente para a troca do comando do órgão.

Bolsonaro, em resposta, disse que Moro pediu para que a troca do comando da PF ocorresse em novembro, depois de o ex-juiz ser indicado a uma vaga no STF. O ex-ministro negou essa acusação.

Em carta a Bolsonaro, delegados da PF falam em 'crise de confiança'

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Em carta aberta divulgada neste domingo, 26, a Associação dos Delegados de Polícia Federal pediu que o presidente mantenha um "distanciamento republicano" da instituição para evitar que seus atos sejam vistos como uma "intervenção política". No mesmo documento, a entidade diz que existe hoje uma "crise de confiança" com o governo federal e quer o andamento de antigas pautas, como a autonomia financeira e o mandato para diretor-geral.

Segundo os delegados, "embora seja absolutamente verdadeira a premissa de que a legislação reservou ao Presidente da República a nomeação do Diretor-Geral da Polícia Federal, trata-se de um pilar do Estado Democrático de Direito que o estadista se limite a escolher o comandante da instituição, sempre buscando o delegado mais preparado técnica, moral e psicologicamente para a função".

"A partir da nomeação e posse, manda o interesse público que o presidente mantenha uma distância republicana, de modo a evitar que qualquer ato seu seja interpretado pela sociedade como tentativa de intervir politicamente nos trabalhos do órgão, que por sua natureza costuma realizar investigações que esbarram em detentores do mais alto poder político e econômico, e tem como corolário de suas atribuições constitucionais exercer uma parcela do controle dos atos da administração pública federal, incluindo os da própria Presidência da República", afirma a entidade.

No documento, os delegados dizem acreditar que a atual crise, envolvendo a saída do ministro Sérgio Moro, poderia ter sido evitada: "Provavelmente, se as premissas e esclarecimentos acima tivessem sido compreendidos e corrigidos os possíveis entraves de comunicação entre V.Exa e a Polícia Federal, os fatos que presenciamos nesta semana não teriam ocorrido e não estaríamos vivenciando as circunstâncias atuais".

Entre as solicitações, os Delegados Federais pediram que Bolsonaro assumisse um compromisso de encaminhar ao Congresso Nacional, projetos que possam prever autonomia financeira para a Polícia federal e mandato para o Diretor-Geral.

Cantor Assisão fez show para ajudar pessoas durante pandemia

O cantor pernambucano Assisão foi um dos assuntos mais comentados, hoje, após o comediante Murilo Couto fazer considerações preconceituosas sobre ele. O músico chegou a fazer uma live, no último dia 17, por um bom objetivo: arrecadar mantimentos e ajudar pessoas desassistidas em razão da pandemia causada pelo novo coronavírus.
Em sua conta oficial, no Instagram, Assisão publicou uma foto, no dia 22, celebrando as doações do público: “Alô forrozeiros, estou aqui com coração cheio de gratidão, recebendo as doações resultado da nossa live! A todos os nossos familiares, fãs, amigos e empresas, que fizeram as doações, muito obrigado!”
Nascido em Serra Talhada, Francisco de Assis Rodrigues, o Assisão, tem 78 anos e mais de 50 anos de carreira artística.
Blog do Magno Martins-Houldine Nascimento, especial para o blog

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Fotos: Poeta Tony Xavier