Geraldo e Maria Luiza Lôbo com os netos Guilherme, de 3 anos, e Heitor, de 6. (Foto: Arquivo Pessoal)
Sem abraços, brincadeiras, casa cheia ou mesas repletas de bolos dos mais variados sabores. Para grande parte dos netos, casa de avô ou avó é sinônimo de liberdade, de carinho e muitos docinhos. Mas esse ano, com a pandemia do novo coronavírus, a comemoração do Dia dos Avós ganhou outro significado. A distância, as máscaras e as chamadas de vídeo se mostraram a maior demonstração de amor, símbolos de proteção àqueles que fazem parte do grupo de risco.
Para os avós de Heitor, de 6 anos e Guilherme, de 3, Maria Luiza e Geraldo Lôbo, celebrar o dia foi um misto de alegria com tristeza. "Eu queria estar com meus netos, poder comemorar melhor e aproveitar mais o dia, abraçando, beijando, como eu sempre faço", diz Maria Luiza, emocionada. "Pelo menos pude estar presente, e o mais importante, estão todos muito saudáveis. A distância deixa a gente triste, mas eu não tenho o que reclamar não", completa.
Os pequenos foram até a casa dos avós acompanhados da mãe, Débora Lôbo, para uma visita rápida, diferente do que costumavam fazer todos os domingos antes da pandemia. "A gente estava acostumado a estar sempre junto e isso tudo mudou", ressalta Geraldo, de 63 anos. Além dos fins de semana, os avós também dividiam a rotina com os netos, auxiliando nas idas e vindas do judô, da natação ou nas brincadeiras com os colegas na área de lazer do prédio. "Era o nosso dia a dia. Sair do trabalho e ir direto encontrar com eles, tudo que a gente podia fazer para ajudar a gente fazia, mas isso acabou de uma hora para outra", se queixa o avô.