terça-feira, 23 de novembro de 2021

O pé de juazeiro


O JUAZEIRO 

Esta árvore tem história
Eu conheço muito bem
Recordo o seu passado
Onde lá eu vi alguém
Um amigo verdadeiro,
Perto do nosso terreiro,
Muito humilde também.

Toda tarde ele ia
Fazer suas orações
Lá no pé de juazeiro
Eu me lembro muito bem;
Da árvore sempre cuidava,
Gentilmente ele irrigava,
Lhe tratando muito bem.

Perto da comunidade
Tantas vezes vi por lá
Fazendo as orações
Ficava a imaginar
Muito humilde e especial,
Seu jeito tradicional,
Conhecido no lugar

Sempre foi religioso
Com vasta sabedoria, 
Aconselhava os mais jovens
Palavras belas dizia;
Ao falar com emoção,
Apertando a sua mão,
Passava a todos energia!

Muitos anos se passaram
Trago comigo os conselhos
Ás vezes emocionado
Via os seus olhos vermelhos.
Homem de bom coração,
Que aqui deixou um sertão,
Para seguir seus conselhos.

Blog Petrolândia em Foco
Poeta Tony Xavier

Homenagem do poeta do povo ao saudoso Antônio do Doce, homem cultural, indígina (descendencia de Kambiwá/Pankararu), curandeiro, que morou na Agrovila 01, bloco 01, projeto Barreiras. antigo morador de Barreiras (Petrolândia submersa) foi funcionário da SUVALE, e trabalhou 18 anos da Charqueada (fábrica de doce).

E na comunidade (agrovila 01) o mesmo, cultivava um pé de juazeiro, na caatinga, onde fazia suas orações. O qual até hoje está de pé. E muitas pessoas da comunidade lembram de Antônio do Doce, todas as tardes indo para o pé de juazeiro. Porém, foi acometido de uma enfermidade, que atingira as suas pernas. E passou 10 anos doente, e não foi mais aquela árvore. Ele faleceu aos 84 anos, em 9 de Maio de 2013. Se hoje estivesse vivo, estaria com 92 anos.

Blog SNP, 23.11.2021

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