© REUTERS / Ricardo Moraes (Foto de arquivo)
Desde o momento em que iniciou a invasão à Ucrânia, a Rússia começou a receber sanções no meio esportivo, principalmente com a perda de eventos que teriam como sede o país do leste europeu. As medidas causam problemas significativos à economia e principalmente para atletas russos, que novamente se vêm prejudicados por atitudes do governo.
No automobilismo, o Grande Prêmio de Fórmula 1, que seria realizado em Sochi no fim de semana do dia 25 de setembro, foi retirado do calendário após pressão de equipes e pilotos, que se recusaram a viajar ao país. A Rússia se preparava para transferir a corrida da cidade-sede dos Jogos de Inverno de 2014 para São Petersburgo em 2023, porém o conflito com os ucranianos deixa dúvidas sobre a sequência da categoria no país.
No futebol, as sanções vieram repartidas. A primeira delas foi a retirada da final da Liga dos Campeões da Europa 2021/2022 de São Petersburgo. O evento agora será realizado em Paris. Em seguida, vieram punições sobre as seleções e clubes russos. A Fifa proibiu a seleção russa de competir sob sua bandeira, executar o hino e excluiu o país das Eliminatórias para a Copa do Mundo. A decisão foi seguida pela Uefa, que excluiu o Spartak Moscou da Liga Europa e retirou a seleção feminina da Eurocopa.
O Comitê Olímpico Internacional recomendou às suas federações esportivas que excluam atletas russos das competições e orientou a desconvocação daqueles que já haviam sido convidados. A medida também será aplicada a esportistas de Belarus. A entidade também retirou condecoração da Ordem Olímpica dada ao presidente russo Vladimir Putin.
A Federação Internacional de Judô fez o mesmo e suspendeu honraria entregue ao líder russo. Vladimir Putin, que é faixa preta e graduado no 8º dan na modalidade, havia sido intitulado Presidente Honorário e Embaixador. Em outubro, a Rússia seria palco de uma das etapas da Premier League de caratê, mas o evento foi retirado do país e deverá ganhar nova sede.
A Rússia também não poderá mais organizar o Campeonato Mundial masculino de vôlei. O evento aconteceria no país entre agosto e setembro de 2022. As seleções russas masculina e feminina não poderão competir sob sua bandeira e ainda poderão sofrer novas sanções.
Na natação, o Circuito Internacional em águas abertas retirou de seu calendário as provas que ocorreriam em território russo. A Fina (Federação Internacional de Natação) retirou de Kazan, na Rússia, torneios de saltos ornamentais, nado artístico e Mundial Júnior. Um jogo entre Rússia e Grécia também foi retirado do país.
No badminton, a situação é semelhante, mas também alcança Belarus, que também não poderá acolher competições da modalidade. O mesmo se estende à escalada, xadrez, halterofilismo e esqui. Atletas da Rússia também podem ficar fora de disputas no curling e hóquei no gelo.
A Copa do Mundo de esgrima (espada) estava sendo realizada em Sochi, mas foi paralisada antes de sua fase semifinal no último sábado. Atletas abandonaram a competição após o início da guerra com a Ucrânia.
O conselho da Federação Internacional de Atletismo (World Athletics) anunciou também que atletas, pessoal de apoio e dirigentes de Rússia e Belarus excluídos de todas as competições. A decisão tem efeito imediato. A federação de Belarus foi suspensa, assim como a entidade russa está desde 2015 devido aos casos de doping. Estadão Conteúdo.
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