sábado, 3 de dezembro de 2022

Literatura de Cordel: 'O menino e os Pássaros!'

O ninho do pássaro/Foto: Tony Xavier

O MENINO E OS PÁSSAROS
Poeta Tony Xavier/o Poeta do povo

Ás vezes ás nossas vidas
São marcadas por momentos
Algumas por alegrias
E outras por sofrimento
E pra não vir o pior,
Procure fazer melhor,
Pra não virar um tormento.

Uma história impressionante
Aconteceu no sertão
Que teve grande destaque 
Lá naquela região
E quis assim o destino,
Que fosse com um menino,
Na fazenda São João!

Á fazenda pertencente
Ao Sr. Pedro Maria
Um cidadão renomado
Cheio de muita alegria
Um homem leal e sério,
Que construiu um império
No estado da Bahia.

Pai de dois jovens garotos
João Pedro e Chiquinho
O primeiro estudioso
O outro nem um pouquinho
enquanto João estudava,
O outo se preocupava,
Só em matar passarinho!

Quando o dia amanhecia
Chiquinho já se mandava
Sempre com seu estilingue
Que dele não desgrudava
Entrava de mata á dentro,
Enfrentando Sol e vento,
E ás vezes á chuvarada!

Com apenas onze anos
E desejos diferentes
Chiquinho não respeitava
O que tinha pela frente
Ás vezes na noite escura,
Ele fazia loucuras,
E se sentia contente

Sala quebrando lâmpadas
Das casas da região
Com balas de estilingue
Atirava no portão
O seu pai Pedro Maria,
Era um homem que sofria,
Com aquela situação

Bater nele era perdido
Ele não lhe obedecia
Quando era de manhã 
Novamente já saia
Ligeiro igual um gato,
Se escondia entre os matos,
Pra fazer estripulia.

Matava os passarinhos
Que havia na região
Rolinhas fogo pagô
Carcará e azulão
Tudo o quanto ele fazia,
Era com muita alegria,
Sem á menor compaixão!

Canários e até codornas
Periquitos Beija-flor
Não deixava escapar
Ele não tinha amor
Era mesmo um desalmado,
Um menino tão malvado,
Que até causava horror!

Conselhos não limitavam
Não obedeciam os pais
Quanto mais eles pediam
Ele fazia bem mais
Com apenas onze anos,
Era um menino Tirano,
Que matava os animais.

Porém em um desses dias
Algo estranho aconteceu
Ele saiu muito cedo
Quando o dia amanheceu
O dia então foi caindo
Á noite assim foi surgindo,
E ele não apareceu.

Começava uma angústia
Aos Pai daquele menino
Que não voltou para casa 
Depois que que o Sol foi caindo.
Ninguém sabia o segredo,
Desespero e muito medo,
Tudo em fim, ia surgindo!

Os pais então apelaram
Para o Corpo de Bombeiros
Que seguiram procurando
Em busca de um paradeiro
Todos com muita emoção,
Angústias, apreensão,
Tristezas e desesperos.

Depois de horas de buscas
Mudava á situação;
Em um caminho encontraram
Seu estilingue no chão.
Os bombeiros assim seguiam,
Para ver se descobriam
O mistério a razão.

Seguiram então seus rastros
No meio dos matagais
Entre pedras e espinhos
E esturros de animais.
Mas sempre pensando forte,
E á Deus pedindo sorte,
Para acalmar os seus Pais

Á missão era difícil
Mas ao chegar numa gruta,
O cantar dos passarinhos
Parecia até disputa.
Ali dava um sinal,
Que naquele matagal,
Tinha uma força oculta!

O cantar dos passarinhos
Avisavam aos bombeiros
Que o garoto ali estava
Em um grande desespero
Eles se aproximaram,
E depressa atacaram,
Igual um gato ligeiro!

Em cima de uma árvore
O garoto acuado
Por um e um Leão
Que estavam agitados
Mesmo com experiências
Precisou de paciência,
Aos bombeiros preparados.

Mas dominaram os bichos
Com armas especiais
Libertando os garotos
Das garras dos animais
Que passou por maus momentos, 
Entre poeiras e ventos,

Devolveram aos seus pais
Num clima de emoção
Apesar do grande susto
Resolveram á questão
Foram dias de torturas,
No meio da mata escura,
Nas caatingas do sertão!

Chiquinho voltou pra casa
Mas ás lições aprendeu
Tudo o quanto fez de errado
Ele se arrependeu!
Chorando disse aos seus pais
Que não quer lembrar jamais,
Naquilo que aconteceu!

O tal menino perverso
Que passarinhos matou
Que maltratava animais
E que lâmpadas quebrou.
Hoje está bem diferente,
É  homem feito, descente,
Á natureza ensinou.

Perdido no matagal
Na noite escura e sozinho,
Passou momentos difíceis
Entre galhos e espinhos
Quem tanto ele machucou,
Foi também quem lhe ensinou,
Os amigos Passarinhos!

O mundo sempre ensina
Quem pratica algo errado
Quem erra sempre esquece
Do ato mau praticado
E vindo da Natureza, 
Você vai ter com certeza,
Deus está sempre lembrado.

É nos tempos de criança
Que devemos entender
Que o mundo é um livro
Que devemos sempre ler
Estude para ser culto,
Seja jovem ou adulto,
Nunca deixe de aprender!

Então ame á natureza
Não procure destruir
Aquilo que Deus criou
Temos que deixar seguir
Nascemos para viver,
E só Deus tem o poder,
De nos tirarmos daqui!

Blog Petrolândia em Foco
Foto/Poeta Tony Xavier

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