Saudades, saudades, Saudades
Somos sementes plantadas
Na terra fértil e querida
Que o tempo fez germinar
E com cuidado é crescida
Do nascimento importante,
O amor é fertilizante,
Para florir qualquer vida
Quando plantamos sementes
Que só produzem o bem
Nos fortalece a mente
Porque o futuro que vem
É de amor tão profundo,
Que em toda parte do mundo,
Não sofrerá mais ninguém
Que seja o objetivo
De toda nossa nação
Plantar a paz e o amor
Seja em qualquer coração
Brilhamos em qualquer praça,
Sem escolher cor ou raça,
Vamos ser sempre união
Na terra do nosso Deus
Não adianta rancor
Quem planta a paz tem carinho
Seja o período que for
Quem semear alegria,
Irá colher qualquer dia,
Felicidade e amor
E esse amor é preciso
Pra se poder viver bem
Ajudar ao inimigo
Pra ele viver também
Com essa ajuda presente,
Quem sabe futuramente,
Não faça mal á ninguém
Nascemos para viver
Sentimos dificuldades
Lutamos para colher
A paz e a liberdade
Mas por amor ao progresso,
Temos em prêmio o sucesso,
Que fez a nossa cidade
Pequena mas atraente
Charmosa por natureza
Cheia de gente educada
Fartura em paz e nobreza
Nossa cidade era aquela,
Que o nosso povo fez dela
A campeã com certeza!
Acolheu com humildade
Quem chegou pra visitar
Com grande simplicidade
Fez o turista gostar
Que quando ele vai embora,
Sentes saudades e chora,
Com vontade de voltar
É claro é de Petrolândia
De quem eu estou falando
Cidade hospitaleira
Do povo pernambucano
Do interior do sertão,
Que fez o nosso povão,
Acabar se apaixonando!
Quando ainda criança
Uma cidade sofrida
Ás margens do velho Chico
Já era exemplo de vida
Até naquele momento,
Seu crescimento era lento,
Mas jamais era vencida!
Mas o tempo foi passando
E ela também cresceu
Uma cidade adulta
Que o povo assim recebeu
Mas nunca imaginava,
Que alguém já planejava,
Mudar o destino seu.
Com ás razões do progresso
E seu destino traçado
Petrolândia já sofria
Por temer que ao seu lado
Teria futuramente,
Decisões dura e ardentes,
Por os homens projetados
E os sonhos construídos
Foram então cancelados
Aquele povo humildes
Estavam ameaçados
De não ter um novo abrigo,
Sofriam pelo o castigo,
Que alguém tinha marcado!
Por causa de uma usina
Para gerar energia
Petrolândia era um réu
Começando uma agonia
Numa data programada,
Seria então condenada
Para morrer qualquer dia!
Nada podíamos fazer
Políticos ou habitantes
Que viam aqueles dias
Acabando a todo instante
Quem pode um dia sonhar,
Passava então a chorar,
Relembrando o que fez antes!
Era terrível saber
Muito terrível aceitar
Ver a terra onde moramos
De repente se acabar
Pedaços da natureza,
Teriam fim com certeza,
Não dava pra suportar
E os os humildes moradores
Já iam se afastando
Abandonando seus lugares
Os sonhos iam deixando
O que haviam construído,
Tinham que ser destruídos,
Muitos ficaram chorando!
Escombros, troncos de árvores
Todos tombados ao chão
Doía dentro do peito
Cortava o coração
Ás senas daquele dia,
Que muitos não resistiam,
Com tamanha emoção!
Aquela pequena praça
Que pra mim era um abrigo
Onde sempre eu passava
E encontrava os amigos
Quando á vi daquele jeito,
Sufocando o meu peito,
Para mim foi um castigo!
Finalmente tudo aquilo
Que há anos foi construído
Demorou tão pouco tempo
Para assim se destruído
Eu via tudo e chorava,
E pra casa eu retornava,
Com o coração partido!
Cumpriu em fim a sentença
Que á ela foi destinada
Petrolândia pelo os homens
Seria executada
Se aproximava o dia,
Petrolândia morreria,
Pelo os homens afogada!
E como estava marcado
Tudo aquilo aconteceu
Ás águas se espalhavam
O grande lago encheu
Destroços amontoados,
Eram aos poucos ilhados,
E tudo então se perdeu!
Apenas ficou de Pé
Tentando então resistir
Á Igreja São Francisco
Que teimava em não cair
Mas com á força do rio
Cansada não resistiu
Veio ás águas e engoliu!
Poeta Tony Xavier
Muito difícil escrever este cordel
O coração fica totalmente vulnerável
Em relação á todos esses acontecimentos!
Porém podemos ressaltar á beleza incontestável da nossa queridíssima Petrolândia atual, na qual eu sinto muito orgulho em fazer parte desta população!
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