domingo, 13 de julho de 2025

Política: Em evento oficial, Lula usa boné "Brasil é dos brasileiros" e ataca Bolsonaro e filho

 

Presidente Lula em Foz do Rio Doce - Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou nesta sexta-feira, 11, um evento oficial para fazer críticas ao clã Bolsonaro.

Ao participar da cerimônia de apresentação dos avanços do Novo Acordo Rio Doce, em Linhares (ES), o petista chamou Jair Bolsonaro de "a coisa" e debochou do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) - filho do ex-presidente - o associando à tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos do Brasil.

A estratégia de Lula e do governo é culpar a família Bolsonaro pela decisão anunciada por Trump. O Palácio do Planalto tem explorado o discurso de ataque à soberania brasileira por parte dos americanos.

"Aquela coisa covarde que preparou um golpe neste país, não teve coragem de fazer, está sendo processado, vai ser julgado e mandou o filho dele para os EUA pedir para o Trump fazer ameaça", afirmou o presidente - que usou o boné com os dizeres "Brasil é dos brasileiros".

Ele questionou a forma como Bolsonaro vem enfrentando o processo do qual é alvo no Supremo Tribunal Federal. "Que tipo de homem é esse que não tem vergonha de enfrentar o processo de cabeça erguida?", perguntou Lula. "Bolsonaro vai ser julgado. Se for inocente, será absolvido, como eu; se for culpado, vai à cadeia", disse.

O petista, porém, não foi absolvido de seus processos. Suas condenações foram anuladas pelo STF após o caso que ficou conhecido como "Vaza Jato" (reportagens com mensagens atribuídas ao ex-juiz Sergio Moro - atual senador - e ao ex-procurador Deltan Dallagnol).

Apesar de não ter adotado um tom agressivo contra Trump na maior parte do discurso, Lula repetiu a argumentação de que o presidente dos Estados Unidos "seria preso" no Brasil se o episódio do Capitólio, ocorrido na capital norte-americana em 2021, tivesse ocorrido em território brasileiro.

A cerimônia em Linhares foi organizada com o objetivo de anunciar o pagamento de R$ 3,7 bilhões em indenizações para 22 mil pescadores e 13,5 mil agricultores familiares do Espírito Santo e de Minas Gerais que foram atingidos, em 2015, pelo rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana (MG), da mineradora Samarco - controlada pela Vale e BHP.

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