quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Crise: Dilma precisa ouvir mas Lula e Temer


O melhor que a presidente Dilma Rousseff poderia fazer no momento é ouvir mais o ex-presidente Lula e o vice-presidente Michel Temer sobre a área política. São dois profissionais que podem ajudar o governo a deixar o amadorismo num momento em que há frentes de batalha na política e na economia. Será preciso escolher as batalhas a travar e reduzir o número de adversários, mas Dilma tem se empenhado em aumentar o número de batalhas e de adversários.

A presidente listou suas prioridades para o Legislativo na mensagem que enviou ontem ao Congresso. Dilma defendeu o ajuste na economia, mas disse que ele não traria recessão. Claro que cabe a todo presidente vender otimismo. E ela não vai sair por aí a defender uma recessão. Mas é irrealista assegurar que não haverá recessão quando os agentes econômicos preveem zero de crescimento e uma inflação de 7% no ano. Isso é estagflação, combinação de economia parada com inflação alta. Dificilmente não vai afetar negativamente a taxa de emprego e o custo de vida.
A parte boa do discurso foi afirmar, mais uma vez, que a nova política econômica não será alterada. No final de semana, haverá encontro do PT, por ocasião dos 35 anos do partido. Já há um trabalho para evitar fogo amigo contra o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O ex-presidente Lula está ajudando nisso.


Outro ponto do discurso foi a defesa da reforma política. Reforma política depende do Congresso. E acabamos de ver uma demonstração de fraqueza do governo no Congresso. Levantar a bandeira apenas como forma de pressão aos parlamentares parece tentativa de empurrar para o Congresso um eventual fracasso da reforma política. Isso é outro erro, porque tensiona a relação com os partidos.
Do Blog do Kennedy
BLOG  DE TONY XAVIER

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