Ainda assim, se coloca uma questão para a Odebrecht, um dos maiores grupos empresariais brasileiros, um conglomerado que emprega cerca de 200 000 pessoas diretamente, dona de um faturamento de 107 bilhões de reais por ano: Marcelo Odebrecht pode continuar presidindo a Odebrecht?
Para citar dois exemplos mais do que recentes: Dalton Avancini, Leo Pinheiro e Ricardo Pessoa, respectivamente presidentes da Camargo Corrêa, OAS e UTC quando a Lava-Jato os pegou, foram obrigados a deixar seus cargos.
O fizeram para não prejudicar os negócios das empresas. Seja por uma questão de imagem externa (como conseguir rolar uma dívida no exterior, por exemplo, tendo um presidente enjaulado?); seja porque dificultaria a própria tentativa de seus advogados conseguirem em umhabeas corpus, pois a Justiça sempre poderia argumentar que eles como presidentes das empresas poderiam ou continuar a fazer os malfeitos ou apagar provas.
Por isso, cabe a pergunta: será que Marcelo Odebrecht continuará presidindo a Odebrecht? Será que o herdeiro que foi preparado desde cedo por seu avô, fundador do império Odebrecht, e por seu pai, que o antecedeu na presidência, sairá do comando do grupo tão cedo, aos 46 anos? Ou, colocando a pergunta de modo diferente, será que ele tem condições de continuar sem prejudicar a empresa?
(Lauro Jardim - Veja Online)
Blog de Tony Xavier
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