O suspeito do crime, que é vizinho das vítimas, foi preso ainda na tarde da sexta, mas negava participação e não dava informações sobre a menina. Políciais militares, auxiliados por cães farejadores, buscaram a criança por horas, só encontrando-a por volta das 22h30, depois da denúncia de uma vizinha, que os levou até a casa do homem, de 40 anos, e da mulher, de 52 anos.
Uma das informações que chegou até os policias é de que a mulher tinha um caso com o homem suspeito de matar as tias e sequestrar a criança. "Foi doloroso. Quando entrei na residência, encontrei o casal conversando como se nada tivesse acontecido", contou o sargento Everaldo Brito.
Em depoimento, a mulher caiu várias vezes em contradição. Incialmente, ela alegou não saber de nada, mas em seguida afirmou que não sabia o que estava sendo enterrado. Apesar disso, o acusado foi visto entrando na casa dela com uma caixa de cerveja nas mãos e algo dentro. Ele ficou por lá até o início da tarde da sexta.
A delegada Vilaneida Aguiar acredita que o suspeito de matar a criança sabia o que estava fazendo, porque tentou despistar os vizinhos. "Ele chegou muito drogado pela manhã, mas não drogado o suficiente para pedir uma ferramenta, planejar. Ele pediu a ferramenta para escavar, para esconder, ou seja, não estava fora de si. Fingiu que ia trabalhar com a ferramenta, deu voltas na localidade. Voltou para devolver a ferramenta após o tempo que achou razoável para alegar que estava trabalhando. Enfim, ele fez tudo planejado", apontou a delegada.
O motivo para que o suspeito espancasse até a morte a criança, matasse a tia, Janaína Azevedo, e ferisse a outra, Raquel Azevedo, ainda é um mistério para a polícia. "Tantos anos que tenho trabalhando, nunca imaginei um crime dessa forma", afirmou a delegada. Raquel Azevedo segue internada em um hospital particular.
Após ser autuado por homicídio, tentativa de homicídio e sequestro, o homem foi encaminhado ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, Grande Recife. Os outros dois acusados foram autuados por ocultação de cadáver.
Do G1 Pernambuco - Blog de Tony Xavier
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