quarta-feira, 8 de julho de 2015

Motoristas do transporte escolar de PE protestam com carreata no Recife

Protesto de motoristas do transporte escolar passou pelo viaduto Capitão Temudo, na Zona Sul (Foto: Reprodução / CTTU)Motoristas do transporte escolar fazem uma carreata pelas ruas do Recife na manhã desta quarta-feira (8). Várias vans cruzam a cidade, indo da Zona Norte à Zona Sul, para protestar contra a falta da fiscalização do transporte clandestino escolar e pedir a descentralização das vistorias na Região Metropolitana do Recife (RMR). A exigência da cadeirinha para crianças menores de 4 anos, que será pedida a partir de fevereiro de 2016 pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), também é alvo de protesto

O grupo se concentrou desde as 7h na Praça da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, e saiu em carreata a partir das 8h30. Os manifestantes seguiram pelas avenidas Norte, Dezessete de Agosto e Rui Barbosa, onde se dividiram em dois grupos menores para escapar de outra manifestação que estava sendo realizada na frente do Hospital da Restauração, no Derby, por servidores da unidade médica. Por isso, parte das vans escolares seguiu pelas ruas Real da Torre, até chegar à Antônio Falcão, e outro grupo pelo Viaduto Capitão Temudo. Os motoristas vão para a sede do Sindicato do Transporte Escolar de Pernambuco, localizado no Ipsep, na Zona Sul da capital.


Segundo a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), os manifestantes seguem lentamente, parando de tempos em tempos. Por volta das 11h, o grupo ocupava uma faixa do Viaduto Capitão Temudo e outra da Rua Antônio Falcão. O trânsito segue lento nas demais faixas. De acordo com o assessor do Sindicato do Transporte Escolar de Pernambuco, Heglênio Pimenta, a categoria planejou o roteiro da mobilização justamente para cruzar toda a cidade.

Ainda segundo Pimenta, a classe tem dois pedidos principais: maior fiscalização do transporte escolar clandestino e o fim da exigência das cadeirinhas para crianças menores de 4 anos. “Mais que a cadeirinha, é a questão do transporte clandestino, porque muitos motoristas despreparados oferecem esse serviço em carros particulares e isso sim coloca em risco a segurança das crianças”, afirma. Sobre as cadeirinhas, ele alega que as vans escolares não são preparadas para a instalação dos equipamentos de proteção. Por isso, sua presença pode aumentar o risco às crianças.

“Não somos contra a cadeirinha. É que o veículo não é adaptado para recebê-la. Nosso banco da parte traseira tem cinto de dois pontos, mas a cadeirinha precisa de cintos de três pontos para ficar presa adequadamente na frente. No nosso caso, ela não vai ficar presa e, em uma freada brusca, pode virar e ser projetada para cima da criança”, explica Pimenta, afirmando que o cinto de dois pontos presente nas vans é suficiente para a proteção das crianças maiores de dois anos. Abaixo disso, os motoristas já costumam usar bebês-conforto.

Outro pedido da categoria é a descentralização das vistorias na Região Metropolitana do Recife. O serviço é realizado semestralmente pelo Detran com todas as vans escolares do estado. Mas, na RMR, acontece em apenas um ponto: a Unidade de Táxis e Coletivos (UAT), situada às margens da BR-101. Por isso, os motoristas reclamam que a lotação é grande. O Detran admite que a maior parte dos veículos escolares circulam na RMR: são 1.406 dos 1.571 veículos de todo o estado.

Do G1 PE
Foto: Reprodução/CTTU
Blog de Tony Xavier

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