terça-feira, 25 de agosto de 2015

Em greve há 46 dias, servidores do INSS pontuam avanço na negociação


Servidores do INSS estão em greve em Petrolina (Foto: Amanda Franco/ G1)Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Petrolina, no Sertão pernambucano, completam nesta terça-feira (25) 46 dias de greve e começam a pontuar avanços nas negociações com o Governo Federal. Um deles é a sinalização de incorporação da Gratificação de Desempenho de Atividade do Seguro Social (GDASS) de forma integral aos servidores aposentados.

 De acordo com o delegado de base do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sindsprev), Antenor Vieira dos Martyres, o GDASS corresponde a cerca de 80% do salário dos servidores, mas com a aposentadoria, apenas 50% é pago. No último dia 20 de agosto, o Governo Federal apresentou verbalmente uma proposta de incorporação, porém a partir de janeiro de 2017.


Agência do INSS em petrolina estava com pouca movimentação (Foto: Amanda Franco/ G1) “Nós temos aqui funcionários com 41 anos de serviço que ainda não se aposentaram devido a esta gratificação. Porque se a pessoa se aposentar hoje e perder 50% desta gratificação não é real. O Governo ficou de incorporar uma porcentagem em janeiro de 2017 e o restante em 2018 e 2019. Isso já foi oficializado junto ao sindicato”, explicou o delegado sindical.

Apenas perícias médicas agendadas estão sendo realizadas (Foto: Amanda Franco/ G1) Porém, apesar da negociação positiva em relação à gratificação, o sindicalista aponta que o impasse está no reajuste pedido pela categoria. “Queremos 27% e o governo nos ofereceu 21% dividido ainda em quatro parcelas a partir de 2016. Isso é 5,5% ao ano quando a inflação está a 9 %”, disse. Em contrapartida, a categoria de servidores do INSS sugeriu que o reajuste de 21% fosse dado pelo menos em duas vezes. “O governo ficou de rever a nossa pauta até esta quarta-feira (26) e deve ser apresentada por escrito”, destacou.

Os funcionários estão paralisados desde o dia 10 de julho. Em Petrolina há apenas uma agência do INSS. Além do reajuste e da implantação da GDASS, os trabalhadores inseriram na pauta a realização de concurso público. 90% dos trabalhadores aderiram à paralisação e, mesmo com isto, 60% dos atendimentos estão sendo realizados, de acordo com Antenor Vieira dos Martyres. “O Tribunal Superior de Justiça determinou que teremos que atender 60% e estamos atendendo as pessoas agendadas, com prioridade para as perícias médicas.
Adão Nunes da Silva, de 57 anos, foi um dos atendidos. Ele aguardava passar por perícia por um problema na coluna. Com a greve, a agência estava com uma movimentação pequena. “Marquei dia 5 de julho e não tive problemas. Com a greve a agência está mais vazia e o atendimento está mais rápido”, disse.
Solange Maria Maciel Martins tentou agendar e conseguiu pela terceira vez. Ela conta que o sistema estava fora do ar, mas na última sexta-feira (21) o agendamento foi feito por telefone e ela já conseguiu vaga para esta terça.

 Amanda Franco/G1 Petrolina
Fotos: Amanda Franco G1 Petrolina

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