Aloizio Mercadante e Michel Temer voaram no mesmo avião da FAB, de São Paulo a Brasília, no domingo.
A altitude contribuiu para, pelo menos um pouco, quebrar o clima de
desconfiança mútua que permeia a relação de ambos desde que Temer
assumiu a articulação política.
Mas a disputa entre ambos vai demorar a se dissipar. Até porque
Dilma, que deveria promover a conciliação, não move um dedo para isso.
Aos mais próximos, Joaquim Levy demonstra restrições ao entorno de Dilma Rousseff, mas tem dito que gosta da presidente. Vá entender…
Enquanto
isso, à base de cargos e promessas, o Palácio do Planalto conseguiu
afastar, pelo menos um pouco, a família Picciani de Eduardo Cunha.
Leonardo Picciani,
cujo pai, Jorge Picciani, foi um dos artífices do apoio de segmentos do
PMDB a Aécio Neves no ano passado, agora é um deputado governista.
Volta e meia, o líder do PMDB sai em defesa do governo.
Mas
é claro que os Picciani continuam, quando lhes interessa, jogando com
Cunha. E os interesses que ligam a família a Cunha ainda são muito
fortes.
(Lauro Jardim - Veja)
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