segunda-feira, 21 de setembro de 2015

De volta à cena, Ciro Gomes diz que ‘derrubar Dilma terá preço alto’



Após passar um período, o qual batizou de “desintoxicação da política”, o ex-ministro Ciro Gomes, voltou à cena atirando. Ele acusa a oposição e o vice-presidente Michel Temer de apoiarem uma “escalada do golpismo” contra a presidente Dilma Rousseff. Recém-filiado ao PDT, Ciro diz que o Brasil viverá momentos “tensos” de radicalização política se a Câmara autorizar a abertura do processo de impeachment. O ex-ministro foi lançado, na última quarta-feira (16), pré-candidato à presidência em 2018.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Gomes afirma irá às ruas defender o mandato da presidente, se for preciso. “Estarei na primeira fila. Muitos brasileiros vão se perfilar. Não é para defender a Dilma, é para defender a regra. O impeachment pode ser uma cartase de quem está zangado, mas no dia seguinte os problemas serão os mesmos”, disse.
Segundo o ex-ministro, aponta “má-fé” do senador Aécio Neves e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “O PSDB está fazendo isso por pura vingança. Em 1999, quando houve  a desvalorização violenta do Real e a popularidade do presidente foi ao chão, o PT começou com o Fora FHC. O comportamento do Fernando Henrique é constrangedor”, critica.
Apesar da defesa, Ciro Gomes faz críticas ao pacote fiscal da presidente. “É ilusionismo, mas 70% não sai do papel. E a medida mais importante [a recriação da CPMF] não podia ter sido sido anunciada daquele jeito. A receita está despencando por causa da recessão que esses malucos estão produzindo. Se o governo não atrapalhasse com a taxa de juros, o Brasil poderia achar o caminho antes do que se supõe. O governo está atrapalhando”, refuta.

Por Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
Fotos: Alan Marques/Folhapress

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