A
reunião da presidente Dilma Rousseff com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mostra
que o presidente da Câmara ainda tem poder e está no jogo político.
Foi o primeiro encontro da presidente com o peemedebista após ele ter rompido com o governo em julho.
Da
parte de Dilma, a economia foi a principal preocupação. A presidente
quer evitar projetos que elevem os gastos públicos. Pediu o apoio do
presidente da Câmara para manter o veto ao reajuste dos salários dos
servidores do Poder Judiciário. O Congresso deve analisar o veto nesta
quarta.
Da
parte de Cunha, o encontro foi uma forma de ele demonstrar que não
pretende sabotar o governo. O peemedebista está fragilizado
politicamente após ter sido denunciado pela Procuradoria Geral da
República ao Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem de
dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.
A Mesa Diretora da Câmara se reúne nesta quarta-feira pela primeira vez desde o fim do recesso de julho. Ao longo de agosto, Eduardo Cunha assinou uma série de atos sem discutir com a Mesa. Mas desta vez o poder monocrático de Cunha não foi demonstração de força. Foi
mais falta de clima na Mesa para sentar ao lado de Cunha e fingir que
Júlio Camargo não disse que ele botou uma bolada de propina no bolso. Duas semanas atrás, Dilma Rousseff parecia ter conseguido respirar minimamente.
Blog do Kennedy
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