As
devoluções, arquivamentos e postergações de decisão sobre os pedidos de
impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, por parte do presidente
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), são visto pelos auxiliares mais
próximos da presidente como sinais de que ele não dará prosseguimento ao
processo de impeachment, de forma monocrática, competência garantida ao
presidente da Câmara, pela Constituição Federal. No
entanto, o governo teme que, diante de uma provável negação de Cunha,
deputados de oposição, e até mesmo de partidos da base rebeldes ao
governo, consigam aprovar recurso, dando início, em Plenário, à
tramitação.
Na
semana passada, a oposição levantou uma questão de ordem tratando deste
assunto, que deve ser respondida por Cunha na próxima segunda-feira
(21). Ao receber o principal pedido até agora, assinado pelos juristas
Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, Cunha disse que primeiro responderia
a questão de ordem, depois decidiria sobre ele sem, no entanto, falar
de prazos. Enquanto isso, a ordem no governo é negociação intensa no
Congresso, principalmente na Câmara.
Dilma
escalou seus ministros mais habilidosos para a função, entre eles o de
Comunicação, Ricardo Berzoine, que também finaliza o novo desenho da
Esplanada a ser anunciado na próxima quarta-feira (23); da Defesa,
Jaques Wagner; além do chefe do Gabinete Pessoal da presidente, Giles
Azevedo, que tem conseguido resultados importantes na negociação com a
ala do PMDB mais rebelde da Câmara.
(Do blog Poder Online - Luciana
Lima)
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