quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Com fechamento do matadouro em Petrolina, preço da carne sofre alta

Feirante reclama do preço que compra carne em Petrolina (Foto: Amanda Franco/G1)
(Foto: Amanda Franco/G1)

Quem anda pelas feiras de Petrolina, no Sertão pernambucano, em busca de carne já percebeu que o preço sofreu um aumento. Nas bancas, o kg que custava em torno de R$ 20, agora é comprado a R$ 23. A justificativa para o reajuste é que os feirantes também estão pagando mais caro pela carne por causa do fechamento do matadouro público da cidade no dia 2 de fevereiro.

O aposentado Silvino Pereira Costa foi fazer compras na feira do Centro de Abastecimento de Petrolina (Ceape). Ele já percebeu que está pagando um pouco mais pela carne e reclama. “A carne tá de R$ 20 e até de R$ 23. Antes eu comprava de R$15, R$14 ou até R$12”, disse. O cliente ressaltou que a alternativa agora é mudar as opções de compra. “Tenho que diminuir e comprar frango e ovos, pois com o salário que temos não dá para comprar carne de R$ 23”, lamentou.

Os marchantes estão tendo que abater os animais no matadouro da cidade vizinha, Juazeiro, na Bahia. Com isso, os preços tanto do abate quanto dos impostos, foram reajustados. O boiadeiro Marcos Simão, que compra de fazendas e revende para os feirantes, disse que a quantidade de abates de Petrolina diminuiu. “Antes a gente matava entre 4 a 5 mil caprinos por mês, mas hoje em Juazeiro está matando em média uns 450”, disse Marcos Simão. Ele conta que as empresas de frigorífico cobram 7,5% sobre o valor da carne em impostos.

A vendedora de carne do Ceape, Maria Santos, frisou que a carne de primeira qualidade era vendida quando ainda era abatida em Petrolina a R$ 20, mas que atualmente o preço não é inferior a R$ 23. “Agora o abate em Juazeiro está de R$ 90 e antes era de R$ 60 só dá para vender de R$ 23. O consumidor está reclamando. Quando ele pega na carne parece que tomou um choque. A venda caiu bastante, em torno de 50%. No final do dia ou baixa o preço ou então leva para casa de volta”, disse a vendedora.

Amanda Franco - Do G1 Petrolia

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