terça-feira, 26 de abril de 2016

PMDB: a briga pela presidência do Senado

Os senadores peemedebistas José Maranhão (PB) e Waldemir Moka (MS) lutaram até à última hora para ocupar o lugar de Raimundo Lira (PI) na presidência da Comissão do Impeachment. Mas o líder do partido, senador Eunício Oliveira (na foto à direita), fez a opção por Lira. E de olho na sucessão de Renan Calheiros na presidência do Senado, conversou antes e depois da escolha com Maranhão e Moka.
Maranhão estava motivado pela postura do PT nas duas últimas eleições em que foi candidato, 2012 e 2014. Ele foi alvo dos petistas nas eleições para a prefeitura de João Pessoa em 2012, quando perdeu para Lucélio Cartaxo (PT). E não engole os ataques que sofreu de seu aliado em pleitos anteriores. O mesmo ocorreu em 2014, quando teve que derrotar Cartaxo e novamente travar um duro embate para ganhar o atual mandato.
Moka queria o cargo porque isso fortaleceria sua candidatura à reeleição para o Senado ou ao governo do Mato Grosso do Sul, em 2018. Ele é adversário ideológico do PT em um estado em que predomina o agronegócio e que já foi governado por Zeca do PT (1999 a 2006).
A preocupação de Eunício tem sua razão. Ele não pode enfrentar resistências no seu partido. A eleição será no ano que vem e ele precisa garantir o apoio da maioria dos 19 senadores da legenda. Seu provável adversário, se houver, será o presidente interino da sigla, senador Romero Jucá (na foto à esquerda). Essa disputa explica, em parte, o alinhamento de Eunício e Romero, quando o impeachment chegou ao Senado.
Ilimar Franco - O Globo

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