terça-feira, 2 de maio de 2017

Dona Naninha: Inesquecível professora da escolinha Santa Fé na velha Petrolândia


Dona Naninha e seu marido, sr. Pedro Cordeiro (Reprodução YouTube Tony Xavier)

No dia 1º de julho deste ano, minha amada cidade Petrolândia vai comemorar 108 anos de Emancipação Política e, desde ontem, 1º de maio, para antecipar as homenagens a essa importante data, o blog de Tony Xavier começou a ser reformulado, com orientação de minha sobrinha Lúcia Xavier (Blog de Assis Ramalho).

Uma das novas propostas é reviver as memórias do lugar onde vivi minha infância, adolescência e juventude, na velha cidade de Petrolândia, no Sítio Boa Vista, às margens do rio São Francisco. Por onde começar essa viagem de volta às minhas recordações e ao passado da minha família, da minha cidade? Guardo na memória tantas lembranças de coisas e pessoas daqueles tempos que, muitas vezes, ao me deitar para dormir, fico imaginando detalhes antigos do que vivi no passado.

Para começar, decidi voltar ao meu primeiro e inesquecível dia de aulas na escolinha chamada Santa Fé. Era uma escola improvisada, em uma casa no Sítio Boa Vista, localizado entre Petrolândia e o povoado de Barreiras. Minha primeira professora, também professora de quase todos os meus irmãos e irmãs, foi a querida e inesquecível Ana Campos Filha, carinhosamente conhecida como Dona Naninha, esposa do senhor Pedro Cordeiro.

Ainda lembro do que eu sentia. Eu estava um tanto quanto assustado por estar assistindo à minha primeira aula, mas, ao mesmo tempo, estava feliz, porque sempre foi um sonho para mim aprender a ler e escrever.

Tenho muito orgulho em poder falar que aprendi a ler e escrever com uma professora que ensinava com carinho. Na pequena e humilde escolinha, Dona Naninha tratava todos os alunos como se fossem seus filhos. Hoje, escrevo isso entre lágrimas por lembrar de tantas coisas boas que ficaram para trás.

No Facebook, encontrei o vídeo abaixo, gravado em um celular pela senhora Vera Regina Oliveira Pacheco, compartilhado com Gilda Campos, filha de Dona Naninha. É emocionante ver minha primeira professora, já idosa, declamar um poema tão longo, guardado em sua memória.

Dona Naninha faleceu há alguns anos, mas, assim como o poema que ela nunca esqueceu, sua memória é guardada carinhosamente pelas dezenas de ex-alunos alfabetizados por ela.


Redação Tony Xavier
Vídeo Vera Regina Oliveira Pacheco/Facebook/Gilda Campos
YouTube Tony Xavier

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