terça-feira, 31 de outubro de 2017

Petrolândia: petrolandense acolhido por família de minas Gerais, já havia perdido á esperança de encontralo-lo

 Família de Edson Ramos - Foto: Assis Ramalho
Pais ao lado do neto Francisco de Assis Carvalho Ramos, filho de Edson Ramos
Petrolândia: Família de petrolandense acolhido por família de MG tinha perdido esperança de encontrá-lo   Na última sexta-feira (27), o Blog de Assis Ramalho recebeu  mensagem de uma história comovente de um filho de Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, atualmente residente em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. O relato foi de Elisa, uma das pessoas que acolheram o petrolandense e o ajudaram em sua luta contra a dependência química. 

Elisa dizia ter em Belo Horizonte um homem chamado Edson Ramos, que se dizia filho de Maria Alzira, moradora de Petrolândia, na Avenida Djalma Wanderley.

Edson Ramos disse ter ido a Minas Gerais atrás de um emprego, chegando teria ficado  desempregado e tornou-se morador de rua. Atualmente, estava morando em um casebre nas condições de usuário de drogas e alcoólatra.

Ainda de acordo com o relato de Elisa, ele teria pedido ajuda a sua mãe para deixar os vícios, foi quando levaram ele para uma clinica de recuperação. Após um período de tratamento, já em fase de desintoxicação, agora ele diz que quer dar uma boa notícia para sua mãe, que está mudando de vida, e que quer voltar para casa.

Após publicação da matéria no Blog, na sexta-feira (27), várias mensagens foram enviadas a nossa redação, não sendo difícil descobrir a família de Edson Ramos. Na manhã de sábado (28), após a família manter contato conosco, visitamos a família de Edson na residências de seus pais, Maria Ozilda Ramos, de 75 anos, e José Olímpio Lopes, de 79 anos. Também lá mora o filho de Edson Ramos, Francisco de Assis Carvalho Ramos, de 24 anos.

Todos já tinham perdido a esperança de reencontrar Edson Ramos, devido ao longo tempo de sumiço.

Em momentos de muita emoção, conversamos com eles.

Primeiramente, conversamos com a mãe, Dona Maria Ozita Ramos. Por várias vezes ela se emocionou, indo às lágrimas.

''Eu estou muito feliz em receber essa notícia de que ele está vivo, eu não tenho palavras, eu estou muito emocionada. Estou emocionada e alegre, e agradeço a Deus e a esse povo (de Belo Horizonte) que acolheram ele. Eu queria um dia poder me encontrar com esse povo que botaram ele neste canto (de recuperação). Eu só queria que eu fosse mais nova, para um dia esse povo vir na minha casa. Eu sou pobre, mas eu ia receber com muito prazer, com todo o meu coração''.

O sofrimento de ter um filho sumido, dado como morto, e o longo tempo de sofrimento

''Eu já tinha ele como morto. Depois desse tempo sumido, achava que não era mais vivo. Eu sofri tanto que antes eu era sadia, mas agora me acho desse jeito que você está me vendo aqui (ela mostra as pernas com sinais de inchaços). Acho que foi de eu tanto ficar pensando, sem saber onde estava. Ele é um bom filho, ele é uma pessoa boa para toda a família''.

Agradecimentos

''Quero agradecer essa família (em Belo Horizonte) que acolheu o meu filho, por que eu já estava dando ele como morto. Eles nem sabem como eu estou me sentindo. Estou sentindo uma alegria no meu coração, que se eu pudesse, se eu fosse sadia, eu ia gritar, eu ia dançar, eu ia pular, eu ia agradecer muito a Deus gritando e pulando. Mas como não posso, eu agradeço por meio de orações''.

Também conversamos com o pai de Edson, José Olímpio Lopes,  79 anos.

''Eu quero dizer que foi um milagre, por que a gente já tinha ele como morto. Mas graças a Deus tivemos essa grande notícia, e hoje estamos muitos felizes. Quero agradecer a Deus, e agradecer também ao povo lá (de Belo Horizonte), que fizeram essa bondade com ele. Que Deus abençoe, é um dia muito feliz''.

 Bastante emocionado, Francisco de Assis Carvalho Ramos -  24 anos, filho de Edson, fez o seguinte relato.


''Eu estou muito emocionado, primeiramente eu queria agradecer a Deus por tudo. Quero agradecer a Elise e sua família em Belo Horizonte, por ter acolhido o meu pai. Que Deus abençoes eles, e que ele possa voltar pra casa, pra junto de sua família, para que a gente posso cuidar dele''.

Emoção dos tempos sumidos

''Foi muito difícil ficar sem meu pai. Sabia que ele tinha sumido no meio do mundo, e eu não sabia que ele estava vivo.  E se estava vivo, se ele estava bem, ou não. Então, eu estava sem esperança, estava sofrendo muito. Estava sofrendo eu, e toda a família''.

Imaginação do reencontro

''Eu já estou imaginando o momento do reencontro com o meu pai. Quando eu ver ele, a primeira coisa que eu vou fazer e dar um grande abraço bem forte nele. Vai ser o abraço mais emocionante da minha vida, por que eu estou com muita saudade e só Deus sabe o que é essa dor''.

Agradecimentos a família de Belo Horizonte

''Elisa, eu quero lhe agradecer e agradecer a sua família e muito obrigado por tudo. Só Deus pode pagar o que vocês fizeram por nossa família. Nós sabemos que não temos como pagar, mas Deus tem. Queria um dia encontrar vocês, para agradecer'' .
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Ver fotos>Reunião da família de Edson Ramos em Petrolândia

Redação do Blog de Assis Ramalho

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