Colégio Goyases, em Goiânia,GO/Foto:Reprodução/Facebook
Alguns carregam mochilas nas costas. Outros, cadernos nas mãos. Todos na mesma direção na rua Planalto, no Setor Riviera, região leste de Goiânia. O uniforme, camiseta branca com detalhes em vermelho, a mesma cor da parte inferior da roupa, tem o nome da escola particular Goyases, palco da tragédia em que um aluno matou dois colegas e deixou outros quatro feridos há 11 dias. É manhã de terça-feira (31). Sinal bate. Hora de recomeçar.
No primeiro dia de volta às aulas após a tragédia, os alunos do oitavo ano do ensino fundamental são informados que a escola transformou em espaço de arte a sala de aula deles, onde João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, ambos com 13 anos de idade, foram mortos a tiros pelo colega de sala um ano mais velho. O autor dos disparos, que segue internado, inicialmente, pelo prazo de 45 dias por ordem judicial, está sendo submetido à perícia psicológica.
"Onde era a sala que ficava o oitavo ano, nós vamos transformá-la em sala de arte. Já existia o espaço de arte, mas em outro local. Nós não queremos estigmatizar a sala como um símbolo que vai sempre lembrar essa tragédia", diz o proprietário da escola particular Luciano Rizzo.
Na porta da escola, pais e alunos são recebidos com um aperto de mão, um abraço ou um beijo de boas-vindas de coordenadores e de diretores. Tentam resgatar a alegria que foi engolida pelo luto. Alguns estudantes têm o rosto marcado pelo olhar pálido ou abafam o sorriso acanhado ao comentarem das duas colegas que seguem internadas a 7,4 quilômetros dali, no Hospital de Urgências de Goiânia, sem previsão de alta.
Por Folhapress
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