quarta-feira, 29 de abril de 2015

Defensoria pública discute situação do Hospital Universitário em Petrolina


Hospital Universitário em Petrolina-PE (Foto: Larissa Paim/G1)A  situação do Hospital Universitário (HU) de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, será discutida nesta quarta-feira (29), em uma reunião entre o defensor público federal, Igor Roque e a direção da unidade. O aumento do número de denúncias na Defensoria Pública da União, relacionadas ao hospital, motivou o encontro. A reunião será realizada às 10h no HU. Logo após, será feita uma inspeção.

Segundo o defensor público federal, Igor Roque, o objetivo é levantar informações acerca da atual situação da unidade hospitalar, para que com base nas informações colhidas, medidas sejam tomadas para otimizar o atendimento. “Muita gente tem procurado a defensoria porque eles precisam do serviço do HU e não estão tendo uma resposta imediata. Isso acontece desde um procedimento de média complexidade, até um de alta complexidade. Vai de uma retirada de gesso, até uma vaga na UTI, que o hospital não disponibiliza”, ressalta o defensor.

A média de denúncias da Defensoria de Petrolina é de nove por semana, número considerado alto.“Desde que mudou a gestão do HU, a Defensoria ficou aguardando melhorias. Mas, na verdade, não melhorou na proporção que a gente esperava. No hospital falta maca, gaze, seringas. Eu quero saber o que está faltando, o que está acontecendo, quem está negligenciando para viabilizar o funcionamento.”, explica Igor Roque.

Os problemas no Hospital Universitário não são recentes, mas foi dado um prazo para que a atual gestão pudesse fazer as mudanças necessárias durante o período de adaptação. “Dois ou três meses que se passaram, era para ser o suficiente para que uma retirada de gesso, não fosse mais problema. Mas as demandas continuaram chegando na defensoria. Chegamos numa situação, que tivemos que restringir o que era urgente e os que poderiam esperar. Então, os órgãos constituintes não podem ser omissos, nem negligentes. Temos que usar os mecanismos para resolver esse problema”, destaca o defensor.

Na ocasião, o HU receberá um ofício requisitando informações. A unidade deverá informar quantos cargos existem no hospital, quantos estão ocupados e quantos estão desocupados. Quantos leitos existem no local, quantos estão funcionando, quantos estão sem funcionar e porque não atendem a demanda. Ainda será solicitado a lista dos materiais que estão em falta. Sobre os procedimentos, será requisitado a lista de espera, como é feita essa relação e quais as demandas.

O hospital terá o prazo de 20 dias para responder ao ofício, que será analisado pelo defensor público, que pode ingressar com uma ação civil pública para viabilizar o funcionamento do local de forma eficaz.

Após a reunião, será feita uma inspeção. “Não posso perder essa oportunidade. Vou tomar minhas anotações. Muitas pessoas vão me relatar casos e casos, vou tomar nota e isso vai servir de elemento para uma ação, ou não. Se sentir que o problema será resolvido em 60, 90 dias, podemos dar um crédito de confiança, já que estão há pouco tempo na gestão do hospital”, ponderou o defensor publico federal.

Taísa Alencar/G1 Petrolina-Foto: Larrissa Paim/G1
BLOG DE TONY XAVIER

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