Em
operação para enfraquecer o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), a presidente Dilma Rousseff abriu um canal direto de
negociação com a bancada do PMDB. Ela tenta evitar a adesão do partido à
abertura de processo de impeachment.
Dilma
aposta na aliança com Luiz Fernando Pezão, governador do Rio, e com o
presidente da Assembleia Legislativa fluminense e do PMDB do Rio, Jorge
Picciani.
No dia 13, ela recebeu Picciani e seu filho, Leonardo Picciani (RJ), líder do PMDB na Câmara. Ambos aliados de Cunha. Segundo a Folha apurou, o encontro foi articulado por Pezão.
A
estratégia incomodou aliados do vice-presidente, Michel Temer. Para
eles, Dilma tenta ''cooptar'' Picciani com cargos envolvendo o Porto de
Santos, área de influência de Temer. Segundo assessores palacianos, as
negociações estão encaminhadas.
O
movimento também irritou líderes da oposição, que contam com o apoio do
PMDB para criar condições para o processo de impeachment. Segundo a assessoria de Jorge Picciani, ''faz tempo'' que ele não fala com Eduardo Cunha.
Da Folha de S.Paulo
Andréia Sadi e Bernardo Mello Franco
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