sábado, 5 de dezembro de 2015

Saída de Padilha é aposta em um governo Temer


Vaga na Anac é pretexto para demissão de ministro
É fato que já havia um desgaste na relação entre o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) e a presidente Dilma Rousseff. Ele vinha se queixando de falta de autonomia para tocar sua pasta.
Mas recorreu a um pretexto, uma nomeação para a Agência Nacional de Aviação Civil que foi vetada pela Casa Civil, a fim de deixar o governo.
Está prevista uma conversa entre Padilha e o ministro Jaques Wagner na segunda, às 14h. Mas é improvável um recuo de um dos peemedebistas mais ligados ao vice-presidente Michel Temer.

A leitura política óbvia é a seguinte: Padilha dá uma senha para outros peemedebistas. Seria melhor apostar num futuro governo Temer do que continuar a apoiar Dilma.
Neste momento, o gesto de Padilha reforça a ala peemedebista que quer pular logo na canoa do impeachment..
A prioridade do Palácio do Planalto é escolher petistas e aliados fiéis para compor as vagas governistas na comissão especial da Câmara que vai analisar o pedido de abertura de processo de impeachment. Essas vagas serão preenchidas na segunda-feira.
O governo também reavalia sua estratégia jurídica, porque sofreu derrotas nas primeiras medidas que apresentou ao Supremo Tribunal Federal por meio de deputados aliados. E, por último, insistirá na estratégia de votar logo o impeachment e não deixar o tema para fevereiro, na volta do recesso parlamentar.
Se não conseguir aprovar uma convocação extraordinária do Congresso, há uma ideia de esticar a aprovação da lei orçamentária de 2016, a fim de permitir o funcionamento também da comissão do impeachment.
Blog do Kennedy

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